sábado, 20 de abril de 2013

A má entrega – Caio S.C.


A má entrega – Caio S.C.


Não sabia para onde ir,
A mente dizia
“fuja”
O coração despedaçado
Caído em desgraça
Na incerta lama suja
Pedia por socorro.

A alma repartida,
Sabia de seu fim
Fazia o corpo chorar,
Pois nem ela mais podia suportar

Os dias quentes
Aqueciam o corpo,
Os corpos se esquentavam em noite fria,
Não havia mais opções
Somente o banho quente
Essa morna e suave ilusão.

Pois a vida é um banho frio
E não se pode negar.
Se fugires dessa realidade
Seu pior lado há de te pegar.

Deixe-se morrer alguns dias,
Prove o verdadeiro gosto da vida.
Não se deixe criar esperanças por mim,
Pois nem eu acredito na mesma – a esperança –.
Só quero o fim da alma
Ou o fim de minhas correntes
Que me aprisionam a meus erros
Dos quais eu mesmo me prendi.

Sinceramente,
Agora me vejo insensato e perdido.
Já perdi o que havia na mente,
Esvaziei o coração
E tudo que almejo é fechar os olhos
E ficar ali
Virar pó ou vento,
Desde que Eu vá.

2 comentários:

  1. Acho que, virar vento ou pó, é um sentimento da mudança.
    Percebemos que estamos de passagem, e na passagem ansiamos permanecer (pois talvez não tenha chego o nosso lugar).

    A alma nasceu para ser migrante.

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    Respostas
    1. Realmente você captou a coisa.
      A alma é realmente algo que muda a si e sua volta.

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