Indico que leia esse texto com a música "Prayeer Of the
Refugee"- Rise Against. Deixe repetir se for o caso de uma leitura onde se
presta mais atenção no escrito.
-Que belo dia,
não?!
O céu estava
lindo, e ele estava olhando pra cima, cheio de energias e esperanças, amarrou
o tênis, e saiu correndo. Aquilo era amor, correr era paixão, não havia
medo no que se fazer. Foi, sem medo, afinal, ele nasceu pra ser livre.
Tudo começou a
passar muito rápido, as árvores, as pessoas, cada vez mais lentas, mais
manchadas. Menos vivas do que aquele garoto, correr era o que ele amava, e ele
não parava. As arvores, pessoas, tudo borrado, fechou uma curva,
muito rápido, o vento lhe levava a outro lugar, como um piloto de formula
1 sem capacete, era inacreditável.
Ele sentia a vida
bater em seu rosto, a morte corria atrás dele, ou se preferir, uma multidão de
zumbis. Era um cão faminto, faminto pela vida. Os velhos, pra ele estavam
mortos, os jovens, estavam velhos, e as crianças se inspirariam nele, um jovem
louco, que corria como o mesmo.
"Parar de
correr pra que mesmo?!"..."Ah, é mesmo, respirar." Mas correr
pra ele era o mesmo que respirar, mas ele teve de parar. Ele foi muito longe.
Mas não acaba aqui.
Ele parou pra
respirar.
Inclinou-se, e
levantou a cabeça de novo.
-Uff, uff- era ele
ofegante.
Olhou pro céu
novamente e disse:
- Calma ai, eu já
te alcanço!
E se colocou a
correr novamente, dando um pulo, puxou ar como quem estivesse a horas de baixo d’água.
Mais vento, mais
velocidade, isso era o que ele mais queria na vida, sentir tudo passar, sendo
livre, arriscando tombar com qualquer um, só pra ver as obras do acaso.
Agora era tanta
velocidade que não havia tempo pra vírgulas.
Era velhos
caminhando crianças brincando com bola sem bola de skate de patins de bicicleta
tinha muita criança mas isso não importa os velhos eram
tão caquéticos que falta de respeito dele mas ele era um Deus agora
dono da própria vida e do seu mundo e gritava:
-QUE SE DANE TUDO,
EU QUERO CORREEEEEEEEEEEEEEEEEEERRR
Para quem ficou
pra trás sua voz se esvaiu, e saiu do campo de visão, com 10000 graus de
miopia ou não, ali, entre as arvores do parque.
Pra onde ele foi
não se sabe. Talvez pra casa, mas isso seria muito fraco de se fazer.
Possivelmente
continuou correndo.
Ele lhe
agradeceria por lembrá-lo como um cara que corria, corria pra viver, por que
correr era viver.
Faça como ele,
faça de algo, algo que lhe mostre estar vivo.
Algo que te mostre
como ele, que: É preciso correr pra viver!
Não estou falando
de fugir, é correr pra viver, e viver pra correr.
Hasta la vista!
Correr, gritar, cantar, amar, sonhar, desenhar, escrever, agir, criar.
ResponderExcluirSempre não é?
Bem legal.