Depois de mais alguns anos, uma singela humildade cresceu
dentro dele, mas era falsa, depois de vários meses de perseguição, percebeu que
estar vivo valia mais do que estar certo, mesmo estando certo e sendo conhecido
como errado. Agora ele só falava arrogantemente quando seu corpo não se continha
e soltava seu fogo, dele e do grande Ego que estava maior do que nunca, e mais
poderoso, para queimar seus alvos incrédulos de suas habilidades e
conhecimentos. Agora ele tinha sucesso
com as garotas, simplesmente por saber a hora de mentir e não mentir, e também
com os caras comuns de forma que vivia num estilo arrogante, e com sua cara
séria, engraçado. Isso era o que o deixava vivo sem machucados, a descrença na
pretensão dele perante os outros. Iludidos pela inocência muito inexistente.
Agora a vida se
tornou melhor, comparando ao passado medíocre. Mas mesmo com privilégios, ou
vantagens, ele não deixou de ser medíocre nesse aspecto. Voltamos à sala de
aula, agora, um alto burburinho na sala, sem o que fazer, ficou a ouvir a
conversa alheia, e era cada bobeira dita pelos adolescentes, e uma delas o fez
mandar seu Tamaguchi atacar, ao perceber que se falava dele. Ele entrou no
assunto, foi elogiado, mas ele viu mais uma oportunidade de se vangloriar mais,
se vangloriou, elas entenderam como uma piada, mas com certo sentido real. Ele
aproveitou e elogiou as garotas, e ao mesmo tempo, depreciou a garota ruiva que
o elogiara, ela até gostou, mas de forma inconsciente. O recém namorado dela
ouviu a conversa, de forma imponente, chegou ao Sr. Ego, olhou muito torto, e
rapidamente irritado, e como é de costume, um soco veio se sentar em sua face
arrogante.
O Ego do senhor adolescente, metaforicamente e fisicamente,
foi-se ao chão, derrubado da cadeira pelos braços e punhos juvenis cheios de
hormônios, ele não sabia que seu flerte era proibido, mas agora saber ou não,
não adiantaria.
A briga estava crescendo, os seres – ironicamente chamados
de – Humanos, gostam de tudo que é “negativo”, como a
violência. “Ninguém queria impedir o fato, somente ajudar a piorar o fato,
“Bate nesse folgado”,” Vai lá, ele merece!”, ajudar ninguém queria, deixaram rolar.
O garoto raivoso foi para cima do Mr.Arrogante assim que ele se levantou, o
nosso anti-herói seguiu o instinto de sair da sala, “Correr lhe deixa vivo para
lutar e morrer em outra batalha”, talvez seja um antigo ditado ninja, mas se
não, vem de uma historia sobre os próprios. Certas filosofias ninjas se
encaixavam bem na mente do garoto, principalmente a parte sobre mentir quando necessário,
e fugir também.
A inteligência era um atributo muito usando por ele, logo,
acelerou seu passo, subiu a escada, e ficou quieto por lá, ouviu seu inimigo
passar com um grupo de curiosos, percebeu que a rota deles se modificou para a
escada, levantou tranqüilo, e entrou numa sala qualquer, disse “Oi” a classe, e
pediu para entrar e conversar com a professora, e assim fez. Seu caçador passou
pela sala a sua procura, mas não reparou na sua presença, já que ele ficou num
ponto cego estratégico. Hoje ele estava salvo. Mas e amanhã?!
A semana passou-se meio obscura com o possível ataque do Sr.
Irritado, mas no final da semana, ele recebeu uma oferta, ir para um programa
de TV demonstrando suas habilidades de fala e conhecimento. Era a oportunidade
que ele queria sem saber da possibilidade. Um arrogante não recusa desafios, o
ego desse tipo de pessoa sempre cresce mais por essas oportunidades.
E com isso, Ego ficou maior, mais forte e mais rude. Tornara-se
um grande dragão, não mais verde, agora vermelho. Os sentimentos estavam postos
em suas escamas, tinha mais garra. O garoto e seu ego se modificariam muito
mais, dependendo do resultado desse novo jogo da vida, a oportunidade.
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