Somos seres humanos, e dentro de nos, vivem bilhares de
centenas de coisas, visíveis ou invisíveis, materiais e metafísicos, um exemplo
de uma das piores coisas é um vermezinho que nasce rente a nossa alma,
grudados, e quem deixa sua alma alimentá-la, cria o nosso pior Tamagotchi, o
Ego.
Crescido independente, pelo menos nas áreas de
conhecimentos, na qual o levou a aprender tudo que sabia de forma autodidata –
o que deixaria qualquer pessoa orgulhosa de seu filho(a) ou amigo – de tal maneira que o fizera se sentir
orgulhoso de si mesmo. Mas existe uma linha que diferencia a arrogante medíocre
o orgulho humilde. Mas o garoto atravessou a ética, deixando crescer seu
próprio monstro.
Sua criatividade era imensa, assim, criou inconscientemente
um pequeno belo monstro, na sua visão era um ser que representava seu poder,
como o dragão de um cavalheiro, que flamejava contra os inimigos e suas
armaduras. No caso do garoto, valentões e suas carcaças de aço feito de raiva,
ignorância e falta de bom senso, seria uma arma perfeita se fosse para o bem
dele e de todos, porem, tanto poder em mãos pequenas, escorre e encharca a
outros.
Era pra ser mais uma aula qualquer, os antagonistas da
historia estavam rindo, fazendo o que qualquer idiota de escola faz. A atenção
voltada a eles fez o professor questionar os alunos, sobre coisas básicas, mas
como alguém que estava tão desconcentrado iria lembrar-se do simples “básico”?!
E assim eles não puderam responder corretamente. O desejo de pequeno Ego roçou
no coração do garoto, ativando suas respostas rápidas, e soltando uma resposta
exemplar, porem arrogante o suficiente para fazer nascer à ira dos baderneiros,
o que era do garoto estava guardado. No fim da aula ele teria o que devia
receber.
Não era primeira vez que ele fez isso, não só com os maus,
mas com os bons também, o que criou uma ilha de distancia com todos os alunos.
Para os professores um exemplo de cabeça, conhecimento, mas, um exemplo do que
não ser socialmente. Era educado quando necessário, não chegava a ponto de ser
um sociopata, mas ele poderia se tornar algum compulsivo em algum âmbito
profissional, o tornando um infeliz socialmente. Mas, por incrível que pareça,
não o afetou tanto.
Era comum vê-lo lendo livros, na biblioteca, conversando com
gente que ele não conhecia só pra contar vantagem, algumas garotas gostavam de
certas coisas dele, certas habilidades, mas ele era novo demais pra fazer o
tipo de sucesso necessário anos depois, na sua futura adolescência. Ver as garotinhas gostando de suas
demonstrações de conhecimentos, numa faixa etária que ser idiota é mais
lucrativo, lhe pareceu estar no paraíso, um dominador do mundo, e assim,
crescia mais seu pequeno amigo cuspidor de fogo, invisível.
Mas voltando ao final da aula, ele foi perseguido, e se não
fosse esperto o suficiente, teria sido pego e apanhado de forma épica, mas não
foi dessa vez. E assim, percebeu que precisaria ser melhor, mais ainda do que pensara ser, era ser melhor ou apanhar.
Ele achou graça depois desse fato, e dai surgiu sua ideia, se algo ruim como quase apanhar era ruim, e ao mesmo tempo engraçado, então a partir daquele instante, ele seria arrogante e "verdadeiro" o suficiente para ser engraçado, e assim, quiçá ganhar mais respeito - Ou começar a ter, no caso -.