quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Pensamento 9#
"Saudade é um monstro, feio e horrível, mas quando se mata o mesmo, se pode ver sua beleza" (Caio S.C.)
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Num fim de Tarde, um fim não tarde. (Caio S.C.)
Ele pegou toda suas coisas, as que cabiam em sua mochila, tudo que era de maior
importância, a fechou, foi ao banheiro,
pegou sua escova de dente, viu ali o lugar onde ela sempre deixava aquela
escova azul, que agora, não estava mais lá. Ele pegou a rosa, que eles
trocaram durante um sábado de manhã de compras, seguido por bagunça na
arrumação dos itens do armário, e um pouco de romance no estilo dos filmes de
comedia romântica. Ficava de tarde, os dois, um olhando ao outro, o sol
crepuscular batia na sacada e nas janelas cobertas pela cortina bege, era tão
alaranjado, fazia o rosto dela parecer uma imagem do paraíso, e seus, -Ah, ...
*suspiro profundo*- era o que ele lembrava quando pensava nos olhos da mulher
que ele tinha, teve, e talvez nunca mais tenha. Era arrasador ver um homem
daquele jeito, não era arrasador, é arrasador. Somos conhecidos por sermos
fortes, mas, de baixo desse diamante que carregamos na pele, existe a coisa
mais sensível do universo, temos vida lá dentro. E as lagrimas que não saem,
nunca querem sair. Ali acabava o devaneio da escova de dente.
Olhando o
quarto novamente, viu a cama, e como fantasmas, via a imagem dos dois, ali,
fazendo piadas, vendo filmes, comendo comidas diferentes em datas especiais, o
dia que pegou fogo no colchão por causa de uma tentativa de noite romântica a
luz de velas – risos meio abafados saíram dos lábios tristes daquele pobre
homem – vendo que a felicidade lhe apareceu tão rápido após uma lembrança, toco
seus próprios lábios, e a nostalgia do beijo dela era muito grande, e as
lagrimas não saiam, elas nunca saem.
-Queria seu
beijo agora - foi o que ele disse, em voz baixa e branda, com um pigarro leve,
e o engolir de lagrimas. Você pode dizer que ele era um cara fraco, que estava
ali quase chorando, talvez ele seja mesmo, afinal, ele tinha medo de chorar? Ou
seria só mais uma tentativa de ser forte, parecer forte. Ouviu-se o virar da
tranca da porta, ele pegou suas coisas, a chave do carro, era ela na porta, e
eles estavam de encontro.
Como dois
estranhos, ele passou por ela, sem feição, ou no mínimo a que não se podia
afirma com certeza o que era. Aquele momento for torturante, pareceu demorar
horas, dias, milênios, um simples passar pela pessoa que tanto amou, a que lhe
fez juras, a que lhe traiu. Não era fácil, não se pode dizer quem sofria mais
nesse momento, o traído ou traidor.
Corações estavam ali, quebrados - com
certeza, pelo menos um - despedaçado como uma peça de vidro, quebrado pelo
brincadeira de uma criança, que pensou – ou nem pensou – que aquilo era
inquebrável, invulnerável, imutável, imortal. E aquele simples 3 segundos,
passaram-se, e antes da porta, naquele carpete que combinava com a cortina,
havia duas lágrimas, uma dele indubitavelmente, e a outra era dela, que com
certeza, ninguém sabia o que lhe passava na cabeça.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Pensamento #8
"Nesse jogo é assim, saber arriscar, tudo ou nada, se não pode ser isso?! Melhor você parar, quem tem medo da vida nunca vai ganhar" (Caio S.C.)
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Trabalho de Filosofia 09/011/2011 Profº Marcelo
Critica Filosofica (ou não) sobre o poema "Deus é Triste" do Drummond.
Deus TristeDeus é triste.
Domingo descobri que Deus é triste
pela semana afora e além do tempo.
A solidão de Deus é incomparável.
Deus não está diante de Deus.
Está sempre em si mesmo e cobre tudo
tristinfinitamente.
A tristeza de Deus é como Deus: eterna.
Deus criou triste.
Outra fonte não tem a tristeza do homem.
Carlos Drummond de Andrade, in 'As Impurezas do Branco'
Domingo descobri que Deus é triste
pela semana afora e além do tempo.
A solidão de Deus é incomparável.
Deus não está diante de Deus.
Está sempre em si mesmo e cobre tudo
tristinfinitamente.
A tristeza de Deus é como Deus: eterna.
Deus criou triste.
Outra fonte não tem a tristeza do homem.
Carlos Drummond de Andrade, in 'As Impurezas do Branco'
O ser
divino, criador do tudo, aquele que veio do nada, ou de si mesmo. Este é Deus.
A filosofia,
assim como todo ser pensante, que usa seu tempo de vida para tentar descobrir
explicações para tudo, Deus, o começo de tudo, o meio e seu fim. Os religiosos vêem
em Deus as respostas para tudo, pois ele é onipresente, onisciente e
onipotente. Porem, o poema nos faz pensar sobre a outra faceta de um Deus, seus
Sentimentos, no caso, a absoluta tristeza.
A tristeza
de Deus justifica nossa criação, pois quando não se esta feliz se procura algo
que o faça, algo que distraia, assim, o ato repetido –ou criado – por Deus, a
distração na criação.
Porem, a idéia
sobre Deus não remete somente ao mesmo, tirando “superficialidade profunda” da
questão, se trata mesmo de algo humano, do sentimento, mas de um sentimento de
um Deus. Assim, o autor pôs em ênfase a tristeza do ser humano, que não sabe de
onde veio, porque veio, nem pra onde vai, vivendo um pouco da eternidade com
uma ambigüidade sobre seu “futuro”, e Deus se torna o conforto para essa
aniquilação da vida, da existência, de tudo.
Caio
S.C.
Deus não
pode ser triste, ele devia estar extasiado com seus dias de criações, pois a
tristeza é uma criação humana, é coisa de alma pequena, e Deus, é o senhor das
Almas, mas, pessoas de alma pequena vão se matando e matando o senhor das almas, pouco a pouco.
Como Deus
estaria triste com criações belíssimas? Com
o universo, nosso planeta, grandes florestas, e vidas complexas. No máximo tristeza
passageira, e essa tristeza é advinda de nós, os seres humanos, não por nossas
falhas, mas sim por uma persistência no erro, pois Deus não compreende o erro,
porque não é uma de suas criações, e nem a teimosia.
Se Deus
ficar triste, ele irá se apegar a quem? Aos humanos, o símbolo da imperfeição,
ou aos animais inocentes e não inteligentes?
A tristeza
de Deus não é eterna como o próprio, pois Ele é felicidade e inspiração eterna,
então, eu o chamaria de “Felicifinitamente” e “Eterna inspiração”.
Rennan
W.M.C.
Sem medo professor, comenta aqui, senta o sabugo. (Não literalmente ok)
huahauhauahauhauahuahauhau.
domingo, 6 de novembro de 2011
Pensamento #7
"Conheço o jogo, o prêmio e os jogadores. Eu sei ser feliz e lidar com as dores. Pode chamar de paixões ou amores. Mas a vida é chuva e flores" Caio S.C.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Paima e os analistas. #1 (Caio S.C.)
“Filho lembre-se que para tudo existe uma variante, às vezes
as personalidades das pessoas são modificadas. É como o ferro, malhado quente ou
frio, com força, se destorce.”
Arfh- era o som da
minha garganta, pigarreando – Glub – e agora minha garganta engolindo saliva.
Estranho quando do nada você pensa que não engole sua saliva a décadas, depois
de tanto tempo calado. Que horas? Vejamos – olho no relógio – 12h37min, hm, até
lembrei que estou com fome. Ajeito meu bloquinho de notas por cima da mochila
cheia de bugigangas, um monte de porcarias inúteis uteis, que nunca se
sabe quando se ira precisar, tipo nunca.
Olho pra garota que se encontra a 11h, esse é o sistema de coordenada
náutica, creio eu, ela esta na minha frente e a esquerda, pronto. Pelos seus olhos,
ela é observadora, vou tomar cuidado pra que não perceba que a olhei – olho pra
fora do ônibus, avisto uma igreja, umas senhoras passando, um boteco, outra
igreja, umas casas, uns botecos, umas igrejas – esquece olhar pra fora, foco
nela novamente – hm – vish, pensei meio alto, o senhor do lado deve ter ouvido,
tanto faz, ele resmunga tanto quanto eu. O nariz, vejamos, é daqueles curvados
pra dentro, ela segue seu instinto, boa intuição, será que ela sabe que
pretendo falar com ela?! – Glub –
denovo?! Caramba, parece que não vejo água a dias, porem, inconscientemente
isso é uma emoção que estou tentado não lembrar, nem lembra nem sentir, esqueça
ela, “esqueça aquela vaca” é o que as Carol disse, não importa, “Me esqueça!”
vou o que aquela ordinária falou. Vai ver é pra esquecê-la mesmo, melhor assim.
– Glub – Mas que diabos, pare já com isso! Volte para seu momento
de analise!
A testa dela, é meio ampla sim, sim, exatamente, ela é
inteligente, ótimo, não gosto de garota
burra, as burras sempre me trocam por... tipo aquela... vadia! Esquece, foi!
Para ser superior, desejo o melhor de tudo pra ela... isso não foi sincero, com
certeza. Vou só seguir meu caminho, meu, do ônibus, e de todas essas 30 pessoas
no mesmo.
As orelhas dela têm um formato meio circular, não lembro
direito, vejamos no bloco! – Viro as páginas até chegar na letra “O” – Olhos,
Orelhas! Hm, ela gosta de boa música, ótimo, somos dois. Ei, essa garota ta pra
mim! Se ela descer no meu ponto, sou obrigado a ir falar com ela. Mas antes,
mais analise!
Lábios, que formato, quanta carne, perfeito. Tem aquele
desenho no lábio superior, o que eu acho que é de gente que sabe falar... aquelas
coisas... Oh, o sinal, ela vai descer, é só dois pontos antes do meu, Oh
vizinha, chega mais! – Coloque o bloquinho na mochila – olhei pro senhor e
disse: Ei senhor, ah... com licença. – Ele deu aquela viradinha tão sutil
quanto o buraco da cabeça de um alfinete, e passei.
Ela desceu, uma senhorita desceu também, eu desci, sou um
cavalheiro, elas sobem e descem primeiro. Segui, ela estava uns 7 ou 10 passos
a frente, dei uma corridinha, e fui falar com ela, segui umas regras básicas passadas
de pai pra filho, um código de conduta, honra, e o que chamamos de “poderes extra-naturais”.
O lance com ela foi bom, mas foi simplesmente pelo meu jeito
da abordagem, por que não vi tanta sensibilidade onde via sensualidade. Ela
falou demasiadamente sobre coisas matérias, poxa, esse ferro foi malhado a base
de ouro! E sim, eu não posso bancá-la, e
nem gostaria, dinheiro não traz amor, mas com amor se faz dinheiro. E naquela noite, relatei isso ao Pai, Mestre
em Analise Antropológica, e um diabo a quatro sobre psicologia e o raio todo.
Por isso o chamo de “Paima”, ou só mestre, de vez em quando.
–Filho, o cabelo dela, como era?
–Não reparei, acho que era meio longo.
–Não falo disso, digo se era fino ou grosso!
–Ah, acho poderia se encaixar em... fio grosso,
indubitavelmente não era fino.
–Você leu o bloquinho inteiro?
–Não...
–Então, fios grossos podem significar apego material, mas
lembre-se, algum dia você pode encontrar uma garota de cabelo parecido, mas,
existem sempre variáveis. Cheque sempre duas vezes.
É, tenho muito a prender ainda. Mas não é por isso que vou
parar de tentar. Porque sempre me lembro que se deve procurar sempre aprender,
independente do que, pois nunca se sabe.
Paima e os analistas é uma serie de crônicas, com a possibilidade de não ter tanto sentido superficial. Mas o importante é pelo menos estar fazendo.
Obrigado.
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